Fórmula 1 na televisão: poderia ser bem melhor

Desde que me lembro, mesmo quando era criança pequena, sempre gostei de assistir corridas de carros. Lembro das manhãs que passava vendo as corridas de Fórmula 1 na Globo, especialmente as vitórias do nosso saudoso Ayrton Senna. Era muito bom ver ele sempre reservando o lugar do Brasil lá no pódio. De lembrar já dá aquele saudosismo.

Talvez, ou melhor dizendo, muito provavelmente por eu ser criança, na época não sentia nenhum tipo de incômodo ao assistir as corridas de Fórmula 1 na TV. Era apenas algo muito maneiro de fazer no domingo de manhã. Mas hoje em dia não é bem assim que me sinto se parar pra assistir uma corrida na televisão.

Simplesmente eu odeio ter que escutar as narrações. Se você consegue, tudo bem, seja feliz, mas pra mim não dá.

Pra você entender, se eu estiver jogando Need for Speed no computador, eu regulo o som pra ouvir a música e os avisos via telefone e rádio numa altura que não encubra o som do motor do carro e dos pneus derrapando. Boa parte da emoção de uma corrida, ou de qualquer tipo de entretenimento, está associado ao som. Já soube de uma pesquisa que afirma que assistir a um filme de terror sem som proporciona uma boa chance de não levar nenhum susto. Quer me irritar é desligar as caixas de som quando eu estou jogando.

E as corridas na TV? Você passa em média uns 95% do tempo ouvindo a voz dos narradores. O som dos carros vira um simples pano de fundo. Aí eu pergunto: qual é a graça que tem nisso? Pra mim nenhuma. Isso sem falar que muitas narrações acabam virando um bla-bla-bla repetitivo, e só.

Se fosse por mim, corrida na TV seria assim:

- Narração só nos momentos mais importantes
- Mais cenas dando close nos carros - bem melhor que ver eles de longe o tempo
- Usar e abusar da visão que os pilotos tem de dentro dos carros
- E claro: jogar o som do ronco dos motores lá pras alturas!